quinta-feira, 21 de junho de 2018

INSIGNIFICANTE VIVER


Foto: Google
Por desertos caminhos percorro
Solidão afaga minha pele
Em seu abraço, entrego-me
Cansada, finco os meus pés...

Inércia

 A escuridão inebria-me
Dia após dia, consome-me
Sigo, silenciosamente, minha sina
Não há mais rotas

 Traços apagados 

Perdida, dentro de mim
Despeço-me
Desfaço-me
Insignificante viver

Copyright © 2018 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

domingo, 20 de maio de 2018

A VOZ DO MEU SILÊNCIO



Acolhida em meu silêncio
Espero
Pensamentos distanciam-me
Reflito
Minha dor crava o seu caminho
Sinto
A esperança procura uma saída
Espero
Apenas incertezas, escuridão
Resisto
Acolhida em meu silêncio
Espero
Apenas, espero...

Espero um dia me refazer
Em pétalas soltas no ar
Perfumarei a vida de alguém
Sem sentir a minha presença
Solta no ar...

Espero esta dor passar
Espero...

Copyright © 2018 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida




quinta-feira, 8 de março de 2018

APENAS SER

Foto: google

Dispo-me
Observo o meu corpo

Admiro-me
Traços, curvas, marcas

Sinto-me
Acaricio minha pele, liberto os meus desejos

Visto-me [minha essência]
Sorrio, sigo

Feliz sou por ser livre
Por viver a essência e ser, simplesmente, quem sou

Mulher

Copyright © 2018 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PRIMEIRO POEMA DO ANO

Foto: Gooogle 
É um transbordar de tristeza profunda
Pelas ruas, vales e montanhas
Sob o céu azul e  límpido
Poeira suja invade os lares
Contamina, engole a esperança

É o apunhalar da adaga da discórdia
Dilacera as bordas, separa, provoca a ira
Dor profunda reina silenciosamente
Enfraquece o olhar, que segue cego,
Apenas segue

É um vai e vem sem sentido
Mãos sujas no comando
Intocáveis
O poder que mata um a um
Sorrateiramente

É o agonizar de uma nação
Que é forte e sorri
Quando só queria chorar
 Desorientada, não sabe em quem acreditar
Esbravejo ecoa um suspiro contido

É o anunciar
O pior está por vir
A união do povo não conteve
A voracidade, a sede por poder
Sentada no trono, reina a injustiça

O primeiro poema do ano
É o despertar
O olhar da realidade atrás da paisagem
É a constatação da nuvem negra
Engolindo nossos verdes campos

O primeiro poema do ano
É o suplício da nossa Pátria
É a constatação
Fortalecimento do mal
È apenas uma lágrima perdida
  
Copyright © 2018 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

UM DIA


Eu tive a chance de ser uma pessoa melhor
Mas não fui
Hesitei diante dos sinais, escolhi outro caminho
Abafei as batidas do meu coração e segui

O gosto do fel me consumia
Desenhando o seu caminho em minhas veias
Diante dos fatos...inércia
Afastei o meu sorriso da face e segui

Não havia mais cor que eu pudesse ver
Não havia mais sentimento que pudesse me sensibilizar
Não havia palavras que pudessem me ferir
Apunhalei os meus sonhos e segui

Diante do espelho procurei a mulher que fui um dia
Não havia mais vida em meu olhar
Uma sensação de abandono atravessou o meu corpo
Matei a esperança de ser quem sonhei e segui

Apenas segui
Um dia após o outro
Deixei a tristeza e o amargo me consumir
No silêncio, caminhei sem deixar rastros do que fui

Apenas segui...

Copyright © 2017 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

quinta-feira, 27 de julho de 2017

...

Foto: Google

 Lágrimas contidas guardam aflições
Silencia a dor
Tristes são os sorrisos

Vazio pulsa nas veias
Consome, entorpece, domina
Estanca os passos no tempo

A escuridão fascina a tristeza
Alimenta-se...
O olhar torna-se distante

Mergulha em suas derrotas
Entrega-se
O ser é apenas dor

Apenas dor...



Copyright © 2017 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida