terça-feira, 22 de outubro de 2013

SANGRA

Registro EDA - 641900

SANGRA
Alma desolada, entregue à loucura
O corpo suplica, haverá cura?
Coração partido, da alegria ceifador
Feridas expostas gotejam em dor

SANGRA
Ódio, desprezo, solidão e medo
Misturam-se entre sórdidos segredos
Esparramam-se pelas entranhas
Tecem uma teia, pura façanha



SANGRA
Ideias vis confundem a mente
No olhar nebuloso busca descrente
Provocam delírios, embaçam a razão
Infeliz escolha à fraqueza dá vazão


SANGRA
A espera que o dia acabe
A espera que tudo desabe
A espera de deixar de ser
A espera que não haja amanhecer


SANGRA
                   Gotas silenciosas
                                                        Poças de solidão

                                                                                              Sangra...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FUGA...

Registro EDA - 641900


A solidão afaga meus cabelos
Deixo-me conquistar
Fantasio momentos que jamais vou viver
Distancio-me do meu ser.

A solidão murmura em meus ouvidos
Enlaça meus pensamentos
Com histórias mentirosas, mas saborosas
Inebria meu corpo, minha mente, domina a alma.

A solidão acaricia minha pele
Entrego-me em um desejo vazio
Os sentidos sentem sem ter o que sentir
Mascara a dor, afunda-me neste abstrato viver.

A solidão beija minha boca
Um beijo ardente, me devora
Calo-me diante de seu poder
Não há mais o que dizer.

A solidão cega minhas verdades
Jogo-me em seu mundo paralelo
Vivo alegre nessa fantasia
Não quero mais acordar.


Deixe-me sonhar em minha solidão...




Meu amigo Miguel Jacó presenteou-me com uma belíssima interação (postado no comentário em 06/10/2013 às 23h03). Miguel você arrasando como sempre. Superobrigada pelo carinho e por esse belíssimo versejar que deixastes em minha página. Amei! Lindo demais!!!! Grande beijo meu amigo :-)


TE TORNAS MENOS CONCRETA - MIGUEL JACÓ.


Se fazes da solidão teu travesseiro,
Te albergando no vazio do desamor,
Tomas cuidado com um certo exagero,
Mas adiante é certo passa esta dor.

Desiludida te tornas menos concreta,
Vês no abismo amplas possibilidades,
De exterminar-se duma forma indireta,
Sem uma culpa ao alto liquidar-se.

Desvencilhada da real compensação,
Vês no trovão a beleza do relâmpago,
Quadro ostentado por vil enganação,
Numa sinistra trapaça deslavada.

Não te entregavas desta forma aleatória,
Fostes tragada pela vala da inanição,
Mas esta estrada ainda oferta à volta,
Relembre os tempos da tua formação.

Na tua pele um ser hipnotizado,
Pelos feitiços dum bruxo milenar,
Serás trazida para aura do passado,
É minha meta integralmente te salvar.


Enfrentarás as tuas contradições.



NÃO HÁ MAIS TEMPO... MARCELA RE RIBEIRO


A solidão já me tem consumada
Dilacerando meus sonhos em dor
Minha alma deixei abandonada
Não há mais tempo para viver o amor

Mergulhada no abissal de meus conflitos
Escolhi silenciar em vida minha vida
Da minha pele brotam espinhos de amargura
Coagulando em minhas veias as derrotas que sofri

Abraçada pela escuridão dos desenganos
Deixo-me esquecida no tempo que corre louco
Não há caminhos que me façam sorrir
Estou presa nas ausências do que não vivi

Oh, sinto-lhe dizer, mas não há mais volta
Relembrar é um derramar de aflição
Apunhalando-me, abrindo feridas antigas
Entoando fúnebres vozes no eco do meu ser

Enfeitiçada pelo silêncio da reclusão
Mergulhei em um caminho sem volta
Não quero enfrentar mais nada
Desisti de viver em vão...

Não há mais tempo para tuas mãos alcançarem as minhas

Deixo-te minhas lágrimas...


Meu amigo Miguel Jacó presenteou-me mais um vez com uma belíssima interação (postado no comentário em 07/10/2013 às 16h46). Superobrigada pelo carinho e por esse belíssimo versejar que deixastes em minha página. Amei! Lindo demais!!!! Grande beijo meu amigo :-)



MAGIA DOS DESENCANTOS – MIGUEL JACÓ



Não levo em conta esta tua insensatez,
Trago comigo a magia dos desencantos,
Já é sabido que cada um tem a sua vez,
E para mim tu já te bastas neste pranto.

Eu montarei um mundo isento e paralelo,
Onde tu possas ter contrastes e desejos,
E no momento que te sentes no inferno,
Eu te resgato ao calor dum longo beijo.

Pra te esquecer é bobagem que me peças,
Não vejo em ti as feições duma mortuária,
Tuas silhuetas mexam com a minha libido,
Meus desejos por ti os derramo em cascata.

Já fiz os votos com o Deus que nos dar vida,
Pedi a ele que te trouxesse de volta e salva,
E me ensinasse a te manter linda e em festa,
Tendo em meu ser todo cuidado e guarida.

Farei contigo a mais sublime das regressões,
E terás de volta o grande viço que te criou,
Ainda vais sentir o sabor destas emoções,
Voltarás a crer que foi o poder que te criou.

As desilusões serão adubos para novas praticas.


E os teus olhos verterão o sabor da vida.





O RENASCER PELO AMOR – MARCELA RE RIBEIRO
  


Uma brisa seus versos me trouxe
Num momento de dor e aflição
Um fio de esperança em meu ser revelou
A magia de seus versos minha alma enfeitiçou

Desacreditada da vida por seu beijo renasci
À minha volta ainda não há cor
Mas na escuridão sinto o pulsar do seu amor
Entrego-te meu frágil coração...

Somente tu foste capaz de entender
Por suas mãos desprendi-me da insensatez
Se vou sorrir, só o tempo irá dizer
Apenas quero em seus braços adormecer

Não se preocupe não é uma recaída
Pois em meu sono tenho em ti o guardião
Apenas quero fechar os olhos sem medo
E ao acordar sentir meu corpo junto ao seu.