quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ÚLTIMO

Foto: Ele Jin
compartilhada por Eavan Diedre

Meu último poema do ano
Não traz emoção de rimas
Sequer pretende falar de amor
Na sua essência - o vazio

Não há sentimento bom
Não há sentimento ruim
Não há nada a ser revelado
Apenas escuridão e silêncio

Meu último poema do ano
Desmistifica o sorriso
Atrás dele há muita dor
Escancara o ser ao mundo

Não há motivo para temer
Não há razão para se esconder
Não há nada após a montanha
Apenas escuridão e silêncio

Meu último poema do ano
Reflete uma busca incerta
Um aperto que sufoca, paralisa
Que todos sentem, mas fingem não sentir

Meu último poema do ano
É um eco no vazio
Que insiste em dizer nada...





Copyright © 2014 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

NÉVOA



LINHAS EM DESCOMPASSO
AMARRAM MEUS PÉS AO CHÃO
OBSCURO FICA MEU CAMINHO
SEGUE INCERTO MEU CORAÇÃO

SERÁ QUE VIVO DE VERDADE?
OU APENAS SONHO SER...

O QUE É A VIDA, AFINAL?
CONFUSO JOGO – FIM LETAL
SUAS CORES SÃO REAIS?
OU VEJO O QUE QUERO VER?

SERÁ QUE VIVO DE VERDADE?
OU APENAS SONHO SER...

NÃO HÁ SENTIDO, SE TENTO ENTENDER
PARA QUE TER, SE TUDO IREI PERDER?
DE QUE ADIANTA SER QUEM SOU
SE NINGUÉM CONSEGUE COMPREENDER
  
SERÁ QUE VIVO DE VERDADE?
OU APENAS SONHO SER...

FECHO MEUS OLHOS E SINTO-ME
DESPRENDO-ME,
DESFAÇO-ME  EM NÉVOA AO AMANHECER
DEIXO-ME IR...

SERÁ QUE UM DIA VIVI DE VERDADE?
OU APENAS SONHEI SER...



Copyright © 2014 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida
  

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SEU AMOR É TUDO QUE PEÇO


Minha vida na sua refletida
Caminhos de derrotas e sucessos
Minha dor em seus braços acolhida
Amar-te por toda a vida é o que peço


Nas linhas e entrelinhas da nossa história
O amor derrama-se e alicerça-se
Por esse sentimento a vida se faz em glória
E se há lágrimas, por seu sorriso elas secam


 Minha alma ao acolher-te é reluzente
Posso sentir-te, ainda que distante
O perfume do seu amor no meu corpo, inebriante!


Os anos passam e esse amor tão consistente
Deixa-me ser quem sou, sua mulher, amiga e amante
Às vezes terna e outras totalmente delinquente


Amo-te! E o seu amor é tudo que peço...


 Poema dedicado ao meu marido, José Augusto das Graças. Hoje, 16/10/2014, faz 22 anos que nosso olhar se cruzou pela primeira vez! 




Copyright © 2014-Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida

sábado, 30 de agosto de 2014

SE EU PUDESSE TECER O AMANHÃ...

Registro Eda - 641900 / Copyright © 2014 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida.


De mãos dadas e corpos unidos teceremos o amanhã. 

Um amanhã com sorriso de paixão, repleto de mistérios e compreensão, que chegue a provocar êxtase em nossas almas e faça-nos sentir e provar o sabor da felicidade. 

Neste amanhã, pegaremos o horizonte nas mãos e banharemos nossos olhos em sua beleza azul. 

Seu sorriso, enlaçado ao meu, refletirá todo nosso amor e deixaremos que a brisa espalhe este sentimento pelo mundo. 

Percorreremos pelas nuvens macias fazendo cócegas em suas superfícies, até que gotas cristalinas caiam sobre a terra e molhem nossos corpos, refresquem nossa pele...

Deixaremos nos levar pelo vento, sem medo, sem pressa, sem tempo. De mãos dadas e corpos unidos faremos deste amanhã o nosso hoje e, assim, permitiremo-nos vivenciar nosso sonho.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

SENTINDO A VIDA



Gotas cristalinas do orvalho caíam sobre a grama, como lágrimas, mas não de dor, lágrimas saltitantes de alegria, por um novo dia que abria no horizonte...

Um horizonte de um azul magnífico, com seus tons sobrepostos, que pareciam desenhar caminhos...

Caminhos de sonhos para entregar a imaginação e se deleitar em fantasias, imaginar...

O corpo, envolto em uma manta, deixa-se cair na grama, ainda úmida, e os olhos se encantam com a plenitude do azul do céu.

Como em um passe de mágica, desliga-se da realidade e começa a trilhar pelos caminhos dos sonhos. Um sorriso revela que a mente está solta, entregue àquele momento.

Os raios do sol, ainda tímidos, despontam e completam o cenário com um brilho que reluz vida.

O corpo foi tomado pelas sensações que aquele momento exalava. As fantasias e os desejos, ainda não alcançados, não têm mais espaço.

A mente recua, para, e absorve os aromas da terra, o calor do sol, o resquício úmido e gélido do orvalho e os sons que emanam da natureza.

Cigarras, abelhas, pássaros, besouros, joaninhas, esquilos e formigas, com o seu cantar, com o seu vai e vem, suas cores e formas, brindam a chegada de mais um novo dia.

Não era preciso sonhar.... era possível vivenciar um sonho...

Entregou-se!


Copyright © 2014 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

HAIKAI - MARGARIDAS

Registro Eda - 641900 / Copyright © 2014 - Todos Direitos Reservados a Marcela Re Ribeiro - Reprodução Proibida.

As Margaridas

Em Sorrisos Desabrocham

O Jardim Encanta-se


domingo, 1 de junho de 2014

SEM DESTINO...

Registro Eda - 641900



Prefiro partir
sem pressa para voltar,
não tenho destino,
apenas o desejo de ir.

Busco meu caminho
guiada pelo vento,
não tenho pressa,
não tenho medo.

Sem laços
abraço-me só,
meu passo é meu leme,
não existe porto,
não existe aceno,

Apenas eu,
Apenas eu...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

AMARGO SABOR

Registro EDA - 641900



Aonde foram meus sonhos?
Esqueceram-me em algum instante da vida.
Minha bagagem estava pronta, os dias passaram...
Hoje, sou apenas retalhos de algo que um dia fui

Fragmentos de histórias inacabadas, desilusão.
Caminhos sem curvas, sem relevos,
Um vai e vem de decepções, horizonte negro.
Isolo meu coração na amargura que me domina.

Diante do espelho um rosto sem traços, sem luz.
Dos fios soltos do retalho que sou formam-se nós,
Meus fracassos, que amarram-me a esse chão
Imundo chão, no qual só brotam tristezas.

Cansada, sigo vazia de sonhos.
Na boca, sinto o amargo sabor de ser quem sou.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

PRESENÇA

Registro EDA - 641900


Se eu morrer amanhã, 
transformar-me-ei em uma nuvem carregada, 
mas não escura;

O sol irá dourar-me
e cairei sobre ti não como chuva, 

mas como delicadas flores silvestres,

Para que os beija-flores venham beijar-te em meu nome
Saberás que fui eu,
Sentirás minha presença.